O que é lógica: tipos e exemplos
Lógica é um substantivo feminino com origem no termo grego logiké, relacionado com o logos, razão, palavra ou discurso, que significa a ciência do raciocínio.
Em sentido figurado, a palavra lógica está relacionada a uma maneira específica de raciocinar, acertadamente. Por exemplo: Isso nunca vai funcionar! O teu plano não tem lógica nenhuma!
Os problemas ou jogos de lógica são atividades onde um indivíduo tem que usar um raciocínio lógico para resolver o problema.
Lógica aristotélica
De acordo com Aristóteles, a lógica tem como objeto de estudo o pensamento, assim como as leis e regras que o controlam, para que esse pensamento seja correto. Para o filósofo grego, os elementos constituintes da lógica são o conceito, juízo e raciocínio. As leis da lógica correspondem às ligações e relações que existem entre esses elementos.
Alguns sucessores de Aristóteles foram responsáveis pelos fundamentos da lógica medieval, que perdurou até o século XIII.
Pensadores medievais como Galeno, Porfírio e Alexandre de Afrodísia classificavam a lógica como a ciência de julgar corretamente, que possibilita alcançar raciocínios corretos e formalmente válidos.
Lógica de programação
A lógica de programação é a linguagem usada para criar um programa de computador. É essencial para desenvolver programas e sistemas informáticos, pois define o encadeamento lógico para esse desenvolvimento.
Os passos para esse desenvolvimento são conhecidos como algoritmo, que consiste em uma sequência lógica de instruções para que a função seja executada.
Lógica de argumentação
A lógica de argumentação permite aferir a veracidade de um enunciado. Não é realizada com conceitos relativos nem subjetivos. São proposições tangíveis cuja validade pode ser verificada. Neste caso, a lógica visa avaliar a forma das proposições e não o conteúdo. Os silogismos (compostos por duas premissas e uma conclusão), são um exemplo de lógica de argumentação. Por exemplo:
O Fubá é um cachorro.
Todos os cachorros são mamíferos.
Logo, o Fubá é um mamífero.
Lógica matemática
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou forma. Consiste em um sistema dedutivo de enunciados cujo objetivo é criar um grupo de leis e regras para determinar a validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras.
A lógica matemática também é usada para edificar raciocínios válidos mediante outros raciocínios. Os raciocínios podem ser dedutivos (a conclusão é obtida obrigatoriamente a partir da verdade das premissas) e indutivos (probabilísticos).
A lógica formal pode ser dividida em dois grupos: lógica proposicional e lógica de predicados.
Leibniz é visto por muitos como a mente que iniciou o conceito de lógica formal ou matemática, que aborda as questões centrais da matemática. No entanto, só depois de 1890, com Peano, começou a interrogação a respeito da consistência de axiomas.
Alguns importantes princípios da lógica formal se encontram na obra The Mathematical Analysis of Logic ("Análise Matemática da Lógica"), da autoria de George Boole, autor da "lógica ou álgebra de Boole".
Lógica proposicional
A lógica proposicional é uma área da lógica que examina os raciocínios conforme as relações entre orações (proposições), unidades mínimas do discurso, que podem ser verdadeiras ou falsas.
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