O que é o Alcorão (livro sagrado do islamismo)
Alcorão é o livro sagrado dos muçulmanos, onde estão especificados os códigos morais, religiosos e políticos deste povo.
Todos os seguidores da religião islâmica têm no alcorão um “manual” que é seguido com plenitude, principalmente entre algumas seitas desta doutrina, como os xiitas e os sunitas.
Saiba mais sobre o significado de xiita.
O livro do alcorão consiste em várias supostas revelações que Alá (Deus, para os cristãos) teria feito ao profeta Maomé, durante as primeiras décadas do século VII.
De acordo com a história, o profeta passou 23 anos recebendo revelações de Alá, tendo que decorar cada palavra dita pelo Altíssimo, pois não sabia escrever. Após receber as revelações, Maomé se reunia com seus companheiros e ditava exatamente o que Alá teria dito, pedindo para que as pessoas escrevessem tudo em pedaços de ossos, peles de animais e outros materiais rústicos.
O alcorão está dividido em 114 capítulos, chamados de suras. Os capítulos são subdivididos em versículos (conhecidos por ayat). Ao longo dos últimos 14 séculos, nenhuma sura do alcorão teria sido mudada, fazendo com que o texto lido hoje em dia seja exatamente igual ao ditado pelo profeta Maomé.
É importante destacar a importância que o profeta Maomé tem para o povo muçulmano. Ao nível de comparação, Maomé é para o islamismo equivalente à figura de Jesus Cristo para o cristianismo.
Etimologicamente, alcorão surgiu do termo árabe Al-qur’ān, que significa “a recitação”, na tradução literal para a língua portuguesa.
Estima-se que aproximadamente um quarto (1/4) da população da Terra (cerca de 1,5 bilhão de pessoas) siga os preceitos do Alcorão, em diferentes escalas.
Para os muçulmanos, o termo alcorão é utilizado para descrever o texto sagrado original escrito em árabe. Quando o texto passa a ser traduzido, a expressão correta é “Significado do Alcorão”, pois não consiste nas palavras exatas proferidas por Maomé, mas sim numa adaptação.
Ao longo dos séculos, o alcorão serviu de inspiração e motivação para que o povo islâmico realizasse grandes conquistas.
No entanto, infelizmente, grupos religiosos fanáticos também utilizam das “revelações” do alcorão como justificativa para espalhar discursos de ódio, como os chamados terroristas.
Um dos grupos terroristas mais conservadores, no que rege a interpretação dos textos do alcorão, é o autointitulado Estado Islâmico.
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