Alfabeto: principais tipos
Os alfabetos, também chamados de abecedários, são formas de escrita constituídas por um conjunto de sinais gráficos que representam unidades de som de um idioma.
Os sinais gráficos que formam os alfabetos seguem uma determinada organização que é usada, por exemplo, para ordenar conteúdos de dicionários, enciclopédias, listas de nomes, etc.
Alfabeto oficial da língua portuguesa
O alfabeto brasileiro — alfabeto latino — possui 26 letras (5 vogais e 21 consoantes).
Alfabeto minúsculo
a | b | c | d | e | f | g | h | i | j | k | l | m |
n | o | p | q | r | s | t | u | v | w | x | y | z |
Alfabeto maiúsculo
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M |
N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |
Principais tipos de alfabetos
Desde o surgimento do alfabeto fenício, vários outros tipos de alfabeto surgiram ao redor do mundo. Veja abaixo quais são os principais:
Alfabeto grego
Composto por 24 letras, o alfabeto grego surgiu entre os séculos XVI a.C. e XII a.C., sendo utilizado até hoje, principalmente no âmbito da matemática, da física e de algumas ciências como a astronomia, por exemplo.
Exemplo: Pi ≈ 3,1415 (matemática)
O alfabeto grego é, de certa forma, uma evolução do alfabeto fenício, que apenas registrava as consoantes. Os gregos fizeram uma adaptação de determinados caracteres fenícios para haver também uma representação das vogais.
As primeiras vogais representadas foram Α (alfa), Ε (epsilon), Ι (iota), Ο (omicron), e Υ (upsilon).
Alfabeto latino
Como vimos, o alfabeto latino — também chamado de alfabeto romano — é usado na escrita da Língua Portuguesa e é também o mais utilizado no mundo.
Formado por 26 letras (5 vogais e 21 consoantes), o alfabeto latino surgiu por volta do ano 600 a.C.
No alfabeto brasileiro e no português, que originalmente tinham um total de 23 letras, houve uma alteração por conta do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Pelo Acordo, três novas letras foram introduzidas oficialmente no nosso alfabeto: K, Y e W.
Alfabeto em LIBRAS
O alfabeto em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é o utilizado pela população brasileira de surdos e pode ser também utilizado por todas as pessoas que com eles desejem se comunicar.
As línguas de sinais, em geral, começaram a ser estudadas na década de 60. Posteriormente receberam reconhecimento da linguística por contemplarem fatores comuns a línguas orais como, por exemplo, gramática e sintaxe.
Também chamado de alfabeto datilológico ou alfabeto manual, o alfabeto em LIBRAS contempla diferentes configurações de uma das mãos. É formado por 26 letras e também possui a representação dos números, para garantir uma comunicação eficiente.
Cada país tem a sua própria língua de sinais. No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como língua oficial pela Lei nº 10.436/2002.
Saiba mais sobre LIBRAS.
Alfabeto japonês
Apesar de no ocidente os sinais de escrita japoneses serem chamados de alfabeto japonês, na verdade, eles constituem um sistema de escrita e não um alfabeto.
O Japão tem um total de três sistemas de escrita e todos eles podem ser utilizados ao mesmo tempo conforme a necessidade. Estes sistemas são: Hiragana, Katakana e Kanji.
1. Hiragana
O Hiragana foi o primeiro sistema de escrita em japonês, é composto por 46 símbolos e cada um deles representa um som. Pode-se considerar que cada um desses sons corresponde a uma sílaba.
2. Katakana
Também composto por 46 letras, o Katakana é o sistema de escrita utilizado pelos japoneses principalmente para palavras de origem estrangeira e onomatopeias.
O Katakana também pode ser utilizado para destacar uma palavra ou para demonstrar a pronúncia correta de um kanji em outros idiomas.
3. Kanji
Diferentemente do Hiragana e do Katakana, sistemas de escrita fonéticos, o Kanji é, na verdade, um sistema de representação de ideias e/ou conceitos, ou seja, cada símbolo do Kanji representa uma palavra inteira e não apenas o som de uma sílaba.
Alfabeto coreano
Composto por um total de 40 caracteres, o alfabeto coreano teve origem no século XV quando o Rei Sejong decidiu criar uma forma de escrita própria em vez de continuar usando as letras chinesas.
Cada uma das letras possui significados importantes para a cultura da Coreia, ao serem escolhidas seguindo, por exemplo, a filosofia do Neoconfucionismo e do Yin Yang.
Saiba mais sobre Yin Yang e Confucionismo.
Alfabeto chinês
A maioria dos caracteres chineses são ideogramas que representam palavras ou morfemas (elementos que formam palavras).
É muito comum a utilização de uma combinação de diferentes ideogramas para representar uma única ideia.
Quando os chineses querem representar graficamente a palavra “brilho”, por exemplo, combinam os ideogramas do sol e da lua, formando assim um novo ideograma de dois elementos.
Para formar a palavra “descansar”, por exemplo, ocorre a combinação dos ideogramas “pessoa” e “árvore”.
Alfabeto hebraico
O que chamamos de alfabeto hebraico é, na verdade, um sistema de escrita.
Os textos escritos com caracteres desse sistema, também chamado de Alef-Beit, são redigidos sempre da direita para a esquerda.
O sistema de escrita hebraico surgiu por volta do século III a.C., possui 22 caracteres sendo utilizado pelos judeus da Alemanha e da Europa Oriental para a comunicação em iídiche.
Uma particularidade do sistema hebraico é que algumas de suas letras são escritas de forma diferente quando utilizadas no final da palavra.
Alfabeto fonético
O alfabeto fonético é um sistema de símbolos que permite representar a fonética (os sons) das palavras.
Veja abaixo os principais alfabetos fonéticos:
1. Alfabeto fonético internacional
O alfabeto fonético internacional é um conjunto de símbolos que permite a representação fonética correta de todas as palavras de qualquer idioma.
Frequentemente utilizado entre colchetes ou barras oblíquas após os verbetes de um dicionário, ajuda o usuário a pronunciar corretamente cada entrada, sem que seja necessário um profundo conhecimento do idioma em questão.
Criado em 1886 por professores ingleses e franceses, o alfabeto fonético internacional possui símbolos derivados dos alfabetos grego e romano.
Veja: fonética.
2. Alfabeto fonético radiotelefônico
A | Amor | N | Navio |
B | Bandeira | O | Ouro |
C | Cobra | P | Pipa |
D | Dado | Q | Quilombo |
E | Estrela | R | Raiz |
F | Feira | S | Saci |
G | Goiaba | T | Tatu |
H | Hotel | U | Uva |
I | Índio | V | Vitória |
J | José | W | Wilson |
K | Kiwi | X | Xadrez |
L | Lua | Y | Yes |
M | Maria | Z | Zebra |
O radiotelefônico, também chamado de alfabeto de soletração, consiste na definição de determinadas palavras-chave para representar as letras e os números de um idioma, para possibilitar que combinações complicadas de letras e/ou números sejam compreensíveis em mensagens de voz geralmente proferidas por rádio, ou telefone.
O principal objetivo desse tipo de comunicação é garantir que a mensagem não seja comprometida por conta de uma incompreensão do que foi dito.
3. Alfabeto fonético da OTAN
Apesar de ser designado como “alfabeto fonético”, trata-se, na verdade, de um exemplo de alfabeto radiotelefônico, também chamado de alfabeto de soletração.
A nomenclatura deve-se, provavelmente, ao fato de as palavras associadas às letras e aos números terem de ser faladas.
No alfabeto da OTAN, são utilizadas palavras-chave da língua inglesa para representar as letras e os números.
Além de garantir a compreensão da mensagem, um dos principais objetivos desse alfabeto é garantir que a segurança dos interlocutores não seja comprometida por conta de uma incompreensão do que foi dito.
O alfabeto fonético da OTAN é utilizado por várias organizações internacionais, principalmente pelas que fazem parte do âmbito da marinha e da aeronáutica.
Origem dos alfabetos
Os alfabetos utilizados nos tempos modernos são herança de vários alfabetos antigos, sendo influenciados pela colaboração de diversas culturas.
As primeiras representações gráficas datam de cerca de 2700 a.C. e tiveram origem no antigo Egito. Tratava-se de hieróglifos, escritura egípcia que expressava ideias, palavras e letras.
Esse conjunto de sinais, no entanto, não é considerado um alfabeto, pois não foi utilizado como representação da linguagem egípcia.
Os hieróglifos egípcios inspiraram o surgimento do alfabeto da Fenícia (atual Líbano) entre os anos 1400 e 1000 a.C. Esse sistema de escrita foi o primeiro a ser considerado alfabeto.
Formado por 22 signos que permitiram, pela primeira vez, a representação fonética das palavras, o alfabeto fenício deu origem a todos os tipos de alfabetos existentes no mundo. Conheça:
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