Burca
Burca é uma peça do vestuário tradicional das mulheres muçulmanas, principalmente as afegãs, que é caracterizada por cobrir todo o corpo, o cabelo e o rosto.
Tradicionalmente, as burcas podem ser da cor preta ou em azul claro, além de terem, obrigatoriamente, uma pequena rede ou tela na altura dos olhos, para que as mulheres possam enxergar.
A burca contemporânea surgiu por volta do século XVIII e XIX, inicialmente utilizada como um status social pelos membros das tribos pashtuns, sem qualquer tipo de relação com a religião islâmica.
No entanto, o uso da burca começou a ser considerado obrigatório pelas mulheres no Afeganistão, pois era tido como um símbolo do regime talibã, que governou o país entre 1995 e 2001.
Segundo a interpretação dos talibãs do livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, os homens e as mulheres devem viver com modéstia e máxima discrição enquanto estiverem expostos em público.
Mesmo após o fim do regime do talibã, aproximadamente 60% das mulheres afegãs continuam utilizando a burca, seja por tradição ou medo de represálias pelos pequenos núcleos de muçulmanos extremistas que permanecem na região.
No mundo ocidental, a burca ganhou um significado pejorativo, pois passou a representar um símbolo de submissão feminina no mundo islâmico.
Tipos de véus islâmicos
O Hijab ou Hijabe (“cobertura” ou “esconder o olhar”, em árabe) é o termo atribuído ao “código” de vestimentas que são consideradas padrões e aceitas pela doutrina islâmica.
O principal objetivo do hijab é preservar a modéstia, a privacidade e a moral das pessoas, principalmente as mulheres.
Além da burca, existem diferentes tipos de vestimentas utilizadas tradicionalmente pelas mulheres, sejam por motivos de segurança, religião ou por imposição social.
Niqab
Também conhecido por Nicabe, significa “máscara” em árabe. Esta vestimenta é comum em regiões onde é praticado o islamismo conservador, que considera o rosto da mulher como uma parte íntima. Todo o corpo da mulher é coberto, com exceção dos olhos.
Xador
Também chamado de chador, significa “tenda” em persa, e é considerado um traje tradicional na Pérsia, historicamente relacionado aos grupos xiitas. Nesta vestimenta, todo o corpo deve estar coberto, com exceção do rosto. Por norma, as meninas começam a usar o xador a partir dos 12 anos de idade.
Al-amira
É um dos modelos mais aceitos pela maioria dos países islâmicos contemporâneos. Esta vestimenta consiste em basicamente duas peças: uma touca e um lenço, que devem ser utilizados apenas para cobrir o cabelo da mulher. A al-amira começou a ser utilizado após a década de 1970, como resultado de uma série de protestos feministas para eliminar a obrigação do nicabe.
Shayla
Assim como a al-amira, a shayla é fruto dos protestos das mulheres contra as severas restrições impostas pelo hijab extremista. A shayla consiste apenas no uso de um véu para cobrir o cabelo. Costuma ser adotado pelas muçulmanas que não usam o véu, mas que o fazem quando vão a uma mesquita, por exemplo