Egito Antigo

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O Egito antigo é o berço de uma das mais importantes e fascinantes civilizações da história. O Egito está localizado no nordeste da África e sua civilização se desenvolveu às margens do rio Nilo.

Sua adaptação ao ambiente do vale do Nilo, com a previsível inundação anual e um eficiente sistema de irrigação, permitiu uma agricultura excedentária que impulsionou o desenvolvimento social, cultural e econômico.

Esse período do Egito é dividido entre pré-dinástico e dinástico. Durante a dinastia, o Egito foi governado por famosos faraós, como Menés, Ramsés II, Amenófis IV e Tutancâmon.

Mapa Egito antigo
Mapa do Egito antigo no século XV a.C.

Surgiu por volta de 3100 a.C., com a unificação do Alto e Baixo Egito realizada pelo primeiro faraó, Narmer (também conhecido como Menés), e floresceu ao longo de três grandes períodos chamados de Reinos.

No Antigo Egito, a religião era politeísta, com divindades como Rá, Osíris e Ísis adoradas em templos e rituais elaborados, destacando-se a forte crença na vida após a morte.

As criações monumentais, como pirâmides, templos e obeliscos, evidenciam o poder e a sofisticação da engenharia e arquitetura egípcias. Além disso, houve um significativo desenvolvimento intelectual, com avanços na escrita hieroglífica, matemática, medicina e astronomia, impulsionando o conhecimento e a tecnologia da época.

História do Egito Antigo

Período pré-dinástico

Antes de ser governado pelos faraós, o Egito era formado por agrupamentos de pessoas chamados “nomos”. Esses nomos eram independentes, mas estabeleciam relações entre si. A partir da união dos nomos, formaram-se dois reinos, o reino do Alto e do Baixo Egito.

O reino do Alto Egito estava ao sul do território e era assim denominado pela altitude e proximidade às montanhas. O reino do Baixo Egito estava localizado ao norte, até o encontro do território com o mar mediterrâneo.

Em 3200 a.C., Menés, que era rei do Alto Egito, unificou todo o território egípcio sob o seu poder. Essa data marca o início do período dinástico e Menés torna-se o primeiro faraó do Egito.

Império antigo (3200 a.C. até 2100 a.C.)

Durante esta fase, os faraós conquistaram muito poder político, militar e religioso. Dentre os mais famosos faraós desse período destacam-se Quéops, Quéfren e Miquerino, a quem foram atribuídas as famosas pirâmides de Gizé.

No final desse período iniciam-se revoltas com o intuito de enfraquecer o poder dos faraós. Essas revoltas levaram a uma guerra civil, que trouxe muitas consequências negativas e desorganização da sociedade.

pirâmide egito antigo
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerino na cidade de Gizé.

Império médio (2100 a.C. até 1580 a.C.)

O império foi novamente unificado e houve estabilização econômica e política. Nesse período houve conquistas de novos territórios, como a Palestina e Núbia, onde foram encontrados metais preciosos.

Mas ao final desse período, o território é invadido pelos hicsos, povos nômades da Ásia. Devido a sua superioridade militar, os hicsos conseguiram impor seu poder e dominaram o norte do Egito por cerca de 170 anos.

Novo império 580 a.C. até 715 a.C.

Os egípcios conseguiram se unir e fortalecer sua força militar e em 1580 expulsam os hicsos de seu território, dando início ao Novo império, última fase da dinastia egípcia.

No final desse período surgem conflitos entre sacerdotes e monarcas, que faziam parte da classe privilegiada do Egito — gerando instabilidade e enfraquece o poder dos faraós. Além disso, os camponeses também começam a se rebelar contra os elevados impostos que pagavam para manter os luxos das classes altas.

Assim, o Egito entra em decadência e começa a sofrer diversas invasões em seu território. Dentre os povos que invadiram o território egípcio estavam os assírios, os persas, os macedônios e os romanos.

Cultura do Egito Antigo

A cultura do Antigo Egito, com duração de mais de 3.000 anos, influenciou profundamente o mundo antigo. Sua complexa teia de crenças, costumes e práticas moldou a vida dos antigos egípcios em todos os aspectos, desde a religião e a política até a arte e a vida cotidiana.

Sociedade Egípcia

A sociedade egípcia era estamental, isso significa existirem classes sociais rígidas e não havia mobilidade social. No topo da pirâmide da sociedade estava o faraó, seguido pela classe privilegiada de nobres, sacerdotes e escribas.

A classe dos não privilegiados era composta por camponeses, artesãos e escravos. Para sustentar os luxos das classes altas, os camponeses pagavam impostos muito elevados, o que se tornou motivo de revolta no final da dinastia.

Política no Egito Antigo

A política no Egito antigo era centralizada nas mãos do faraó. Os faraós eram considerados deuses e, por isso, o regime político é denominado monarquia teocrática.

Sua autoridade era máxima, eles tinham funções religiosas, eram juízes e comandavam o exército. A função de faraó era hereditária, isto é, passada de pai para filho.

Para administrar todas as atividades do Estado, os faraós contavam com inúmeros funcionários e também costumavam recrutar os camponeses para trabalhar nas grandes obras.

Economia do Egito Antigo

A economia do Egito antigo era baseada, sobretudo, na agricultura. Apesar de ser uma região desértica, o rio Nilo fertilizava o solo às suas margens, possibilitando o cultivo de alimentos.

Não havia propriedade privada da terra na sociedade egípcia. Em troca da utilização das terras, os camponeses forneciam ao Estado parte de sua produção.

Além da agricultura, os egípcios criavam bois, carneiros, aves e porcos, porém a carne era cara e consumida apenas pelas camadas altas da sociedade. Havia também a comercialização dos produtos de artesãos.

Religião do Egito Antigo

Papiro egípcio
Papiro com ilustrações de divindades egípcias.

A religião é um dos aspectos mais importantes da civilização egípcia. Os egípcios eram politeístas — acreditavam em vários deuses — e realizavam muitos rituais e celebrações para essas divindades.

Esses deuses eram antropomórficos, tinham parte do corpo de humano e parte do corpo de animal. Eles também consideravam alguns animais sagrados, como, por exemplo, o gato e o escaravelho.

Os egípcios acreditavam na vida após a morte e no retorno ao corpo das almas boas. É por esse motivo que eles mumificavam os mortos, técnica em que desenvolveram inigualável perícia.

Para o julgamento das almas após a morte, os egípcios passavam pelo Tribunal de Osíris, o Deus da morte, e seus corações eram pesados. Os corações leves eram de pessoas de boas atitudes, os pesados, eram de pessoas com atitudes ruins durante a vida.

Saiba mais sobre o deus Anúbis e o politeísmo.

Ciência e conhecimento do Egito Antigo

A sociedade egípcia produziu inúmeros avanços intelectuais e científicos, especialmente na aritmética, astronomia, química, medicina e engenharia. As pirâmides são um exemplo de construção que respeitava estritas regras matemáticas.

A mumificação foi outro costume dessa civilização que contribuiu para o avanço da ciência. Com a retirada das vísceras dos mortos para o processo de mumificação, os egípcios aprenderam muito sobre o funcionamento do corpo humano.

A escrita foi outro importante avanço do Egito Antigo. Foram desenvolvidas três formas de escrita: demótica, hierática e hieroglífica. A demótica era uma escrita mais simples, seguida pela hierática, que era intermediária.

A hieroglífica era uma escrita mais complexa que utilizava objetos e símbolos para as representações. Os faraós tinham funcionários destinados à função de escrever tudo o que acontecia no império, eram os escribas.

Saiba mais sobre hieroglifo.

Hieroglifo - egito antigo
Hieroglifos feitos em pedra.

É graças a esses registros que hoje podemos saber um pouco sobre como era a estrutura dessa sociedade, seus hábitos, tradições, crenças e todos os acontecimentos que temos conhecimento sobre esse período.

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