Estética

Thiago Souza
Revisão por Thiago Souza
Professor de Sociologia, Filosofia e História

Estética é uma palavra com origem no termo grego aisthetiké, que significa “aquele que nota, que percebe”.

Estética é conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo nas manifestações artísticas e naturais.

A estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de cada indivíduo.

Como está intimamente ligada ao conceito de beleza, existem vários centros ou clínicas de estética, onde as pessoas podem fazer vários tratamentos visando melhorar a sua aparência física.

Estética na Filosofia

A estética também é conhecida como a filosofia do belo e na sua origem era uma palavra que indicava a teoria do conhecimento sensível (estesiologia).

O significado atribuído atualmente a estético foi introduzido pelo filósofo A.G. Baumgarten, para descrever aquilo que ele chamava de "crítica do gosto".

Ao longo dos tempos, a filosofia sempre se interrogou a respeito da essência do belo, o tópico central da estética.

Segundo Platão, o belo se identifica com o bom e toda a estética idealista tem como origem essa noção platônica.

No caso de Aristóteles, a estética tem como base dois princípios realistas: a teoria da imitação e a catarse.

A estética neoplatônica, defendida por Plotino, ressurge no Renascimento, particularmente com A.A.C. Shaftesbury (escola inglesa do sentimento moral) e também em algumas noções do idealismo romântico, que contemplam o belo como manifestação do espírito.

O classicismo francês (Descartes e Boileau-Despréaux) mantém as ideias de Aristóteles, apesar de serem introduzidos pelo racionalismo os conceitos de "claridade" e "distinção" como os critérios de beleza.

Saiba mais sobre o Renascimento.

No século XVIII, a história da estética atinge o seu auge. Os ingleses analisaram a impressão estética e estabeleceram a diferença entre a beleza experimentada de forma imediata e a beleza relativa.

Também foi feita a separação entre o belo e o "sublime" (E. Burke).

Na Crítica do Juízo, Kant determinou o caráter a priori do juízo estético, identificando o belo como uma "finalidade sem fim" e nomeando a "ciência de todos os princípios a priori da sensibilidade" como estética transcendental.

O classicismo alemão foi potenciado pelos fundamentos de Kant, como é possível verificar com Schiller, Goethe, W. Von Humboldt.

No século XIX, G.T. Fechner criou a estética indutiva ou experimental, uma oposição a estética especulativa.

Na estética contemporânea, é importante destacar duas tendências:

  • A ontológica-metafísica, que muda radicalmente a categoria do belo, e a substitui pela vertente do verdadeiro ou do verídico;
  • tendência histórico-sociológica, que contempla a obra de arte como um documento e como uma manifestação do trabalho do homem, analisada no seu próprio âmbito sócio-histórico.

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Thiago Souza
Revisão por Thiago Souza
Graduado em História e Especialista em Ensino de Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina. Ministra aulas de História, Filosofia e Sociologia desde 2018 para turmas do Fundamental II e Ensino Médio.
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