Exercícios sobre concordância verbal para praticar (com gabarito)
A concordância verbal estabelece uma relação entre o verbo e o sujeito de uma oração, exigindo que ambos concordem em número e pessoa. Que tal colocar seus conhecimentos em prática? Resolva os exercícios a seguir e confira as respostas comentadas.
Questão 1
Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta:
a) Fazem três meses que não o vejo.
b) Haviam muitas pessoas na festa.
c) Existiam motivos suficientes para a sua decisão.
d) Faz muitos anos que não vou ao cinema.
e) Vende-se casas nesta região.
O verbo "fazer", quando indica tempo decorrido, é considerado impessoal. Isso significa que ele não se refere a um sujeito específico e, por isso, permanece sempre na terceira pessoa do singular.
Questão 2
Indique a opção em que há erro de concordância verbal:
a) Os resultados pareciam depender da vontade do diretor.
b) A medicina tem avançado pouco, hajam vistas as pesquisas sobre a Aids.
c) Os diagnósticos parecia dependerem do resultado dos exames de laboratório.
d) O poder da propaganda é discutível, haja vista a acentuada queda de consumo.
e) Se houvesse melhores condições de ensino, existiriam melhores resultados.
O verbo "hajam" está conjugado no plural, concordando com o substantivo "pesquisas". No entanto, a expressão "haja vista" não admite flexão verbal. A forma correta seria: "A medicina tem avançado pouco, haja vista as pesquisas sobre a Aids."
Questão 3
Marque a alternativa que completa corretamente o sentido da frase:
"Ele confirmou que nos ouvirá com prazer, mesmo que _______ problemas que _______ considerados _______."
a) surja — sejam — incontornáveis
b) surjam — sejam — incontornáveis
c) surja — seja — incontornável
d) surja — sejam — incontornável
e) surjam — sejam — incontornável
"Ele confirmou que nos ouvirá com prazer, mesmo que surjam problemas que sejam considerados incontornáveis."
Questão 4
Das alternativas abaixo, a única frase correta segundo as normas gramaticais é:
a) Os votos e as sentenças do ministro, por mais que se os vejam de prismas diversos, atestam cultura jurídica indiscutível.
b) Soltam rojões contra o gabinete do ministro e depois se cotizam para pagar os vidros que a explosão dos rojões quebraram.
c) O ministro diz que lhe dói os ouvidos quanto escuta uma nota desafinada.
d) Deve haver uma lei geral e devem haver leis especiais.
e) Nós é que, senhor Presidente, não podemos concordar com tal ilegalidade.
Na alternativa "a", a voz passiva construída com a partícula se não deveria vir acompanhada do objeto direto os; em "b", o verbo quebrar deveria estar no singular, concordando com o núcleo do sujeito explosão; em "c", o verbo doer deveria estar no plural, concordando com o sujeito os ouvidos; em "d", o verbo dever da segunda oração deveria estar no singular, uma vez que, nesta oração, o verbo principal haver é impessoal.
Questão 5
Gols de cocuruto
"O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado no esquema — e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro-negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura da sua reputação de vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais inteligentes do que seus jogadores." (VERÍSSIMO, Luís Fernardo. O Estado de S. Paulo)
Em “(...) cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado no esquema e parados”, o autor usa o plural em lhes e parados porque:
a) ambas as palavras referem-se a lugar, que está aí por lugares (um para cada um).
b) associou lhes a mãos e parados a times.
c) antecipou a concordância com os jogadores se movimentam.
d) estabeleceu relação de concordância entre lhes e mãos e entre parados e jogadores.
e) fez lhes concordar com o plural implícito em cada jogador (considerados todos um a um) e parados, com os times.
O autor escolheu o plural "lhes" e "parados" para enfatizar a individualidade de cada jogador, mesmo dentro de um esquema tático. Essa concordância com o plural implícito em "cada jogador" ressalta a ideia de que cada atleta, apesar de fazer parte de um time, tem suas particularidades e movimentos.
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