Filosofia Moderna
O que é a filosofia moderna:
A filosofia moderna é toda a filosofia desenvolvida na chamada Era Moderna, entre o século XV (englobando os períodos finais da Renascença) e o século XIX.
Com o surgimento de novas ciências na época, a filosofia moderna é marcada pela centralidade na razão como fonte de conhecimento e na sua plena capacidade de compreensão da realidade.
Com isso, a filosofia moderna rompe com o pensamento medieval, que subordinava a razão à fé. Os filósofos que inauguraram esse novo período da filosofia foram Nicolau Maquiavel (1469-1527) e René Descartes (1596-1650).
Escolas e filósofos da filosofia moderna
A filosofia moderna, assim como outras fases da filosofia, pode ser dividida em escolas de pensamento que organizam as diferentes correntes filosóficas da época. As principais escolas da filosofia moderna são: racionalismo, empirismo e idealismo.
Racionalismo
Os racionalistas acreditavam que o conhecimento humano não depende de experiências para ser formado, uma vez que existem ideias que ultrapassam as informações absorvidas com as vivências.
Assim, o racionalismo aborda os efeitos da intuição e da dedução na formação do conhecimento humano, classificando-as como conhecimentos a priori.
Os racionalistas concebiam que a razão era a única fonte segura de conhecimento, afirmavam as experiências eram particulares e falhas, impossibilitando o conhecimento verdadeiro.
Exemplos de filósofos racionalistas modernos: René Descartes, Baruch Spinoza e Immanuel Kant.
Empirismo
Os empiristas defendiam que todo conhecimento só pode ser construído a partir da experiência. Por esse motivo, o empirismo se dedica à observação e à verificação como método científico. Ou seja, que todas as hipóteses e teorias sejam testadas e observadas (experiência científica) antes de serem consideradas conhecimento.
Exemplos de filósofos empiristas modernos: John Locke, George Berkeley, David Hume e Francis Bacon.
Idealismo
O idealismo é a escola filosófica que entende que a realidade como a conhecemos é fruto da mente humana.
Em termos epistemológicos, o idealismo defende os limites do conhecimento são os limites da mente, por isso a percepção da realidade sempre será limitada.
Exemplos de filósofos idealistas modernos: Arthur Schopenhauer, Hegel e Immanuel Kant.
Contexto histórico
O período é marcado pelo fortalecimento das ciências como astronomia, matemática e física. A concepção de mundo passa gradativamente do teocentrismo (Deus como centro do mundo) para o antropocentrismo (o homem como centro do mundo), reduzindo o poder da Igreja Católica.
Os grandes eventos da época (Grandes Navegações, fim do feudalismo, Reforma Protestante, etc) produziram o contexto histórico favorável ao surgimento de ideias revolucionárias.
Assim, a filosofia moderna serve de sustentação teórica para o apogeu das ciências e para o desenvolvimento do pensamento que culminaria nas revoluções burguesas.
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