Hieroglifo
Hieroglifo é um extinto modelo de escrita pictográfica, utilizado principalmente no Antigo Egito e por alguns outros povos, como, por exemplo, os antigos maias, astecas, cretenses e chukchis.
Consistem em uma combinação de símbolos que representam palavras ou sons específicos. Os hieróglifos eram frequentemente inscritos em paredes de templos, túmulos e monumentos, bem como em papiros e outros materiais escritos.
Origem dos Hieroglifos Egípcios
Etimologicamente, este termo se originou a partir da junção de duas palavras gregas: hierós, que significa “sagrado” e glýphein, que quer dizer “escrita”.
Para os egípcios, os hieroglifos eram uma escrita sagrada, utilizada apenas com propósitos religiosos, como em paredes de templos, em túmulos ou sarcófagos.
Alguns estudiosos consideram os hieroglifos a escrita organizada mais antiga do mundo, datada aproximadamente há mais de quatro mil anos antes de Cristo.
Os egípcios chamavam os hieroglifos de medju-netjer, que significa “palavras dos deuses”. Conforme a mitologia egípcia, teria sido a deusa Seshat a criar os hieroglifos e o deus Thoth ensinado esta linguagem aos egípcios.
Os hieroglifos egípcios teriam sofrido algumas transformações ao longo dos milênios em que foi utilizado.
O hierático era uma variante mais estilizada e cursiva do hieroglifo, ideal para a pintura em papiros ou objetos de barro.
Com a crescente influência grega, a escrita se alterou para o demótico, quando os hieroglifos passaram a ser representados de maneira ainda mais estilizado, absorvendo inclusive alguns dos sinais da escrita grega.
Características dos Hieroglifos
Cada hieróglifo pode representar um objeto, uma ideia ou um som. Alguns hieróglifos são pictogramas, ou seja, representam objetos reais, enquanto outros são ideogramas, que representam ideias ou conceitos abstratos.
Além disso, há os fonogramas, que representam fonemas específicos e podem ser usados para soletrar palavras, como uma espécie de alfabeto:
Embora os hieroglifos façam parte de outras civilizações, foram os egípcios os que mais utilizaram este tipo de escrita. A linguagem hieroglífica é considerada enigmática e de difícil compreensão, isso por existirem aproximadamente sete mil tipos de sinais diferentes.
Os hieroglifos eram expressos por meio de símbolos e desenhos, que podiam representar ideias, conceitos, objetos, animais e até emoções ou sentimentos.
Por ser considerada uma escrita sagrada, os hieroglifos eram utilizados apenas por sacerdotes, membros da realeza e escribas, que podiam interpretar os símbolos e reproduzi-los.
A crença do povo egípcio de que os hieroglifos tinham poderes mágicos era bastante forte. Diziam que o nome de uma pessoa, quando escrito em hieroglifo, incorporava toda a energia e alma daquele ser.
Se o nome fosse danificado, a identidade da pessoa se perderia. Por esta razão, normalmente os faraós sempre destruíam as placas com as inscrições dos nomes de imperadores que sucediam ou de quem eram inimigos.
A Pedra de Roseta e o deciframento dos Hieroglifos
Com o passar dos séculos e devido a sua complexidade, a escrita hieroglífica foi sendo esquecida, até entrar no completo desuso. O último registro hieroglífico teria sido feito por volta do século V d.C.
Apenas no século XIX que parte dos hieroglifos egípcios teriam novamente sido decifrados, quando o egiptólogo e linguista francês Jean-François Champollion, entre os anos de 1822 e 1824, teria traduzido alguns textos da famosa Pedra de Roseta.
Hieróglifo ou hieroglifo
Na língua portuguesa, ambas as grafias estão corretas: hieróglifo ou hieroglifo.
Segundo a norma, esta palavra aceita os dois tipos diferentes de pronúncia, podendo, assim, apresentar ou não o acento agudo na letra “o”.
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