Império Romano
O Império Romano foi um longo período da fase imperial da civilização romana que durou aproximadamente 500 anos (27 a.C. a 476 d.C.). Inicia após o fim da República (509 a.C. a 27 a.C.).
Um Império se caracteriza pela concentração de poder nas mãos de uma única pessoa - o imperador - e no Império Romano existiram mais de 80 governantes. O primeiro imperador foi Otaviano Augusto (de 27 a.C. a 19 a.C.).
O período pode ser dividido em duas grandes fases: o Alto Império, fase mais longa, que durou de desde seu surgimento até o ano de 305 d.C. e o Baixo Império, de 305 d.C a 476 d.C.
Fases do Império Romano
Alto Império
O Alto Império recebe esse nome pois foi o período de crescimento e conquistas do Império Romano. O imperador - apoiado pelo Senado, que teve seu poder reduzido - controlava as decisões em todos os setores.
Foi durante o Alto Império que novos territórios foram conquistados e a área de domínio do Império cresceu muito. Importantes obras públicas também foram construídas, com a Muralha de Adriano, que protegia os domínios de tentativas de invasão. Anfiteatros e termas também são exemplos de construções do Império Romano.
O crescimento econômico devia-se principalmente às atividades comerciais e o sistema econômico era baseado principalmente no trabalho dos escravos - os povos dos territórios conquistados eram frequentemente escravizados pelos romanos.
Outra característica importante do período foram as disputas de poder, muitas vezes marcadas por conchavos e traições, que resultaram em inúmeras trocas na chefia do Império.
Nas últimas décadas, o poder do Império começa a diminuir em razão de revoltas no exército e da elevação dos custos de sua manutenção.
A fase do Alto Império termina no ano de 305 d.C., quando o imperador Diocleciano abandona o governo.
Baixo Império
Essa fase é marcada por crises que levaram à decadência do Império. Os principais fatores que levaram à crise foram a perda de poder e a diminuição do crescimento econômico, devido principalmente à redução das conquistas territoriais.
A ausência de conquistas de novos territórios deu origem a várias consequências que colocaram o Império em desequilíbrio. Como a economia era baseada no trabalho escravo, a produção e o comércio começam a enfrentar dificuldades.
A diminuição da arrecadação de impostos aumenta ainda mais a crise econômica, assim como a dificuldade em manter o caro exército romano.
Todos esses problemas fizeram com que o Império tivesse suas fronteiras fragilizadas, estando mais vulnerável às invasões.
O ano de 476 d.C. marca a queda do Império Romano do Ocidente. Já o Império Romano do Oriente ainda continua por quase mil anos, até sua queda, no ano de 1453.
A divisão do Império Romano
A morte do imperador Teodósio em 395 d.C. marca a divisão do Império Romano em duas regiões: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
A divisão já havia acontecido anteriormente, como uma solução para facilitar a administração política do extenso território. Mas foi a partir da morte de Teodósio que a divisão foi definitiva. As duas partes do Império Romano ficaram sob a responsabilidade dos filhos do imperador: Arcádio e Honório.
O Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, era formado por muitas culturas diferentes, resultado do processo de conquistas de novos territórios.
Esta parte do Império não resiste por muito tempo e acaba dividida em diversos pequenos reinos. O Império Romano do Ocidente deixa de existir em 476 d.C., quando o general Flávio Odoacro invade a região, depõe o imperador e se torna rei - seu reinado se estende de 476 d.C. a 496 d.C.
O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla e também chamado de Império Bizantino - durou por mais tempo. Esta parte da divisão do imperial enfrentou dificuldades ao longo dos anos, como guerras e enfraquecimentos devidos aos conflitos internos do governo.
Mesmo assim, destacou-se por muito tempo, sendo economicamente bem-sucedido. O Império Romano do Oriente resiste até o ano de 1453, quando é dominando pelos turcos.
A queda do Império Romano
A trajetória que leva à queda do Império Romano começa depois da divisão entre Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. As principais causas foram crises na política e na economia, além das invasões bárbaras que aconteceram nesse período.
Alguns dos motivos que levaram à queda do Império Romano foram:
- os altos custos de manutenção do exército;
- a crescente corrupção no governo;
- dificuldades na administração do extenso território;
- disputas que enfraqueceram o poder;
- diminuição do número de escravos, em razão da diminuição de conquistas de novos territórios;
- alto custo dos impostos cobrados e redução da arrecadação;
- crescimento do cristianismo;
- queda da produção e diminuição do comércio.
Conheça mais detalhes sobre os motivos que levaram à queda do Império Romano.
Características do Império Romano
As principais características do Império Romano são:
- os governos dos imperadores eram vitalícios: não tinham uma duração determinada;
- o Império Romano era politeísta, havia crenças em diversos deuses;
- foi um período muito voltado ao comércio;
- a escravidão era base do trabalho;
- o latim surgiu durante Império Romano;
- os golpes e invasões eram a forma de conquista de novos territórios,
- foi um período de expansão territorial: o Império chegou a ter mais 6.000.000 km².
Conheça outras características do Império Romano.
Principais imperadores
O imperador era responsável pelo controle das atividades do Império, pelas decisões políticas e econômicas e pela nomeação dos governadores dos novos territórios. A ele também cabia o controle das decisões jurídicas, do Exército e até de questões religiosas.
O longo período de Império teve mais de 80 imperadores. Alguns dos mais importantes foram:
- Otaviano Augusto (27 a.C. a 14 d.C.): foi o primeiro imperador de Roma e ordenou ações que resultaram em aumento do território.
- Cláudio (41 d.C. a 54 d.C.): foi responsável por importantes expansões de território e pelo crescimento da economia durante seu governo.
- Nero (54 d.C. a 68 d.C.): foi considerado como um imperador pouco competente na administração. Mandou perseguir os cristãos, que ele considerava culpados pelo incêndio em Roma em 64 d.C.
- Tito Flávio (69 d.C. a 79 d.C.): foi responsável pela ordem de destruição do Templo de Salomão. A construção do Coliseu de Roma ocorreu durante o período que governou.
- Trajano (98 d.C. a 117 d.C.): conseguiu importantes conquistas territoriais e fez obras públicas em Roma. Era bastante combativo e ordenou uma perseguição ao povo cristão.
- Adriano (117 d.C. a 138 d.C.): em seu governo foi construída a Muralha de Adriano. A obra possuía 120 quilômetros e foi erguida para dificultar as invasões ao território romano.
- Diocleciano (284 d.C. a 305 d.C.): criou a diarquia e a tetrarquia, a divisão da administração do governo com dois ou quatro governantes. Foi durante seu governo que o Império foi dividido em Oriental e Ocidental.
- Constantino I (307 d.C. a 337 d.C.): publicou o Edito de Milão em 313 d.C. O documento determinou que o Império não tinha uma religião oficial e acabou com a perseguição ao povo cristão.
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