Preconceito Social
O preconceito social é o mesmo que discriminação de classe. Trata-se de uma atitude negativa em relação a um determinado grupo com base em sua situação econômica, nível de escolaridade e acesso à renda. Ou seja, é o tipo de preconceito que leva em conta a classe social dos indivíduos.
Esse tipo de preconceito, também chamado de classismo ou elitismo, afeta pessoas de classe econômica baixa, que são frequentemente tratadas como inferiores pelas pessoas preconceituosas.
O preconceito social pode se manifestar, por exemplo, na forma como patrões tratam empregados ou como clientes de uma loja tratam os funcionários. Há casos em que pessoas não são bem-vindas a determinados espaços, como shopping centers e parques, em razão de sua classe social. Não raro o preconceito de classe se mistura ao racismo.
Numa sociedade de classes, a mobilidade social é bastante limitada. Casos de pessoas que nascem pobres e conseguem, por suas próprias forças, "subir na vida" não são muito frequentes.
No Brasil, essa realidade é ainda mais dramática. Segundo relatório divulgado em 2020 pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 60º lugar entre 82 países num ranking de mobilidade social. Isso significa que as chances de um brasileiro que nasce numa classe social mais baixa melhorar de vida são muito pequenas.
Preconceito social no Brasil
Segundo pesquisa realizada em dezembro de 2019 pelo Instituto Datafolha, 30% dos brasileiros dizem ter sofrido algum tipo de preconceito por conta de sua classe social e condição econômica.
De acordo com esse dado, é possível ter uma noção de como o preconceito social é presente na sociedade brasileira. Isso se dá, principalmente, devido à grande desigualdade social no país.
Origem do preconceito social
O preconceito social surge com o advento da sociedade de classes. O conceito de classe social é uma categoria histórica surgida no século XIX, no contexto específico das sociedades ocidentais industrializadas.
As classes sociais passaram a representar desigualdades com amplas diferenças de oportunidades, estilos de vida, padrões materiais, condições de trabalho e ambiente doméstico.
Segundo o filósofo alemão Karl Marx, há duas classes:
- a classe dominante, que possui os meios de produção (capitalistas);
- a classe trabalhadora, que possui apenas a sua força de trabalho.
Essas duas classes são interdependentes, mas seus interesses nunca coincidem e estão em conflito entre si: a classe dominante se beneficia da sociedade como ela é, a classe subordinada se beneficia da mudança para não ser mais oprimida.
No capitalismo, essas duas classes são a burguesia e o proletariado.
Como a classe dominante da burguesia explora o proletariado, o conflito de classes, segundo o marxismo, é algo inevitável.
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