Ramsés II
Ramsés II, também conhecido como "Ramsés, o Grande" e Ozymandias (em grego), foi um faraó dos mais poderosos e importantes do Antigo Egito. Reinou por volta do século XIII a.C., durante a XIX dinastia, no período conhecido como Novo Império.
O faraó foi um líder militar notável, famoso por suas campanhas contra os hititas, líbios, núbios e sírio. Expandiu as fronteiras do Egito para o norte, até a Síria, e para o sul, até a Núbia.
Além de grande estrategista, o faraó também se destacou por ordenar a construção de vários templos e monumentos grandiosos, como o Templo de Abu Simbel, o Ramesseum, o Templo de Luxor e o Templo de Karnak.
O reinado de Ramsés II foi longevo, durando cerca de 66 anos. Este período representou o auge final do poder e prosperidade do reino egípcio. O faraó teve várias esposas e filhos, e sua linhagem continuou a governar o Egito por várias gerações após sua morte.
História de Ramsés II
Neto do general Ramsés I e filho do faraó Seti I e da rainha Tuia, Ramsés II desfrutou de uma educação privilegiada desde tenra idade. Aos dez anos, foi nomeado herdeiro do trono, assumindo o título de "Filho Primogênito do Rei". Desde cedo, acompanhou seu pai em campanhas militares, aprendendo as artes da guerra e da liderança.
Esposas e filhos
O faraó teve várias esposas e muitos filhos (cerca de 100). Nefertari, sua esposa mais famosa, deu-lhe vários filhos, incluindo o primogênito, Amenófis.
Outra esposa importante foi Iseteneferte, com quem teve filhos como Ramsés (que compartilhou seu nome) e os príncipes Caemuassete e Merneptá. Este último tornou-se seu sucessor devido à morte prematura de outros filhos na praga dos primogênitos.
Além disso, Ramsés II casou-se com sua irmã (ou possivelmente sua filha) Henutemiré, com três de suas filhas, Meritamom, Bentanate e Nebetetaui.
Após a paz com os hititas, casou-se também com uma princesa hitita chamada Maatorneferuré. Sete anos depois, casou-se com outra princesa hitita.
Morte de Ramsés II
Ramsés, o Grande, faleceu por volta dos noventa anos, após um longo reinado. Sua morte marcou o fim de uma era de ouro para o Egito, que ainda conseguiu manter o controle sobre Canaã e Sinai até o final da XIX dinastia.
Foi sepultado no Vale dos Reis, o local de descanso preferido dos faraós do Império Novo. Seu túmulo era grandioso, superando em tamanho o do seu pai. No entanto, a decoração não era tão rica, e hoje o túmulo encontra-se em estado de degradação. A maioria dos objetos do tesouro funerário estão espalhados por museus do mundo.
Em 1881, a múmia de Ramsés II foi encontrada em uma sepultura coletiva em Deir Elbari. Quatro anos depois, foi transferida para o Museu Egípcio do Cairo, onde permanece até hoje.
Ramsés II e o Êxodo bíblico
Ramsés II é comumente associado ao faraó do Êxodo, uma narrativa bíblica na qual os israelitas, liderados por Moisés, escaparam da escravidão no Egito.
Embora a descrição bíblica se alinhe com a reputação do faraó como um líder poderoso e implacável, sua relação com o Êxodo é complexa e amplamente debatida por arqueólogos, historiadores e estudiosos da Bíblia.
Primeiramente, não há evidências nos registros egípcios que mencionem explicitamente o Êxodo ou Moisés. Isso levanta dúvidas sobre a historicidade do evento ou sugere que ele pode ter sido exagerado ou reinterpretado.
Outro fator que levanta debates é a datação do Êxodo. As datas tradicionais para o evento bíblico não coincidem exatamente com o reinado de Ramsés II. Segundo cálculos tradicionais, o Êxodo ocorreu por volta de 1446 a.C., enquanto Ramsés II reinou de 1279 a 1213 a.C. Alguns estudiosos propõem outros faraós como candidatos, como Tutemés III ou Akhenaton.
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