Venezuela
A Venezuela é um país localizado na América do Sul. Possui 916.445 km² e uma população de 28,3 milhões de habitantes. Sua capital é Caracas e a língua oficial é o espanhol.
O país é conhecido por sua rica biodiversidade e grandes reservas de petróleo. É uma república que adota o presidencialismo como modo de governo. O presidente atual é Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013, quando Hugo Chávez faleceu.
A Venezuela foi uma colônia espanhola até conquistar a independência, em 1811. Desde então, passou por diversos períodos políticos, entre ditaduras e democracias. Mais recentemente, tem enfrentado uma crise econômica prolongada, marcada pela hiperinflação, escassez de alimentos e produtos básicos, além de tensões políticas.
Dados sobre a Venezuela | |
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Nome oficial | República Bolivariana da Venezuela |
Capital | Caracas |
Idioma | Espanhol |
Moeda | Bolívar venezuelano |
Localização | América do Sul |
Tamanho | 916.445 km² |
População | 28,3 milhões de habitantes |
Produto Interno Bruto (PIB) | 97,12 bilhões de dólares |
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) | 0,691 |
Relação do Brasil e da Venezuela
A Venezuela e o Brasil tem uma história de cooperação diplomática e econômica, mas também de tensões, principalmente nos últimos anos devido à crise política e humanitária na Venezuela.
Tradicionalmente, os países mantiveram laços de amizade, fazendo parte do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas). Durante o governo de Hugo Chávez (1999-2013), a Venezuela fortaleceu laços com o Brasil por meio de acordos comerciais e cooperação energética e de infraestrutura.
No entanto, a partir de 2015, com o agravamento da crise política e econômica venezuelana, as relações se tornaram tensas. O Brasil adotou uma postura crítica em relação ao governo de Nicolás Maduro, acusando-o de autoritarismo.
A crise migratória afetou diretamente a relação bilateral. Devido à deterioração das condições de vida na Venezuela, milhares de venezuelanos cruzaram a fronteira em busca de refúgio no Brasil, especialmente no estado de Roraima. O Brasil coordenou esforços para receber e integrar os refugiados, mas a chegada em massa gerou tensões locais.
Atualmente, os desafios políticos e humanitários na Venezuela continuam sendo um ponto delicado na relação entre os dois países. O Brasil não rompeu relações com a Venezuela, mas caracterizou novamente o governo como autoritário e não reconheceu a suposta vitória de Maduro nas eleições de 2024.
População da Venezuela
Em 2022, a população da Venezuela era de 28,3 milhões de pessoas. Contudo, esse número pode ter se alterado devido à migração em massa que afeta a nação. Com a crise econômica e política, milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos, migrando para países vizinhos (como a Colômbia e o Brasil), outras nações da América Latina, e também para a Europa e a América do Norte.
Etnicamente, a maioria da população é mestiça de ascendência indígena, africana e europeia, especialmente espanhola. Há também minorias indígenas nas regiões amazônicas e nos Andes, e afrodescendentes concentrados em algumas áreas costeiras. Além de pequenas comunidades de descendentes de europeus e árabes.
A maioria dos venezuelanos vive em áreas urbanas, nas grandes cidades como Caracas, Maracaibo e Valencia. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é médio, 0,691 (2021), a expectativa de vida é de 71,11 anos (2022) e a taxa de fecundidade é de 2,19 filhos por mulher (2022).
A população é jovem, com uma média de idade de cerca de 30 anos. O país tem o espanhol como idioma oficial e é predominantemente católico, mas há a presença de outras religiões, como cristãos protestantes e praticantes de religiões indígenas e de matriz africana.
Localização da Venezuela
A Venezuela está localizada na parte norte da América do Sul. O país é banhado pelo Oceano Atlântico por meio do Mar do Caribe. Faz fronteira com os seguintes países:
- A oeste: Colômbia;
- A sul: Brasil;
- A leste: Guiana.
Governo da Venezuela
A Venezuela é uma república presidencialista, na qual o presidente exerce amplos poderes executivos (como chefe de Estado e chefe de governo). Eleito por voto direto para um mandato de seis anos, o presidente também pode ser reeleito.
Desde 2013, Nicolás Maduro ocupa o cargo de presidente, sucedendo Hugo Chávez, o líder do país entre 1999 e 2013 e que implementou a chamada "Revolução Bolivariana". No entanto, o governo de Maduro tem enfrentado críticas por repressão política, fraudes eleitorais e restrições às liberdades civis.
O Poder Legislativo da Venezuela é exercido pela Assembleia Nacional, um parlamento unicameral. Até 2020, a oposição controlava a Assembleia, mas sua influência foi enfraquecida pela criação de uma Assembleia Constituinte em 2017. Dominada por apoiadores de Maduro, a Assembleia Constituinte assumiu grande parte do poder legislativo.
O Judiciário, representado pelo Supremo Tribunal de Justiça, também tem sido acusado de falta de independência. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) domina a política venezuelana. A oposição conseguiu algumas vitórias eleitorais, mas enfrenta dificuldades devido à repressão e o controle do governo sobre as instituições.
As eleições venezuelanas de 2024, foram caracterizadas por controvérsias. Nicolás Maduro concorreu à reeleição, enfrentando a oposição de Edmundo González. O resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) mostrou a vitória de Maduro (51% dos votos), que foi imediatamente contestada pela oposição e pela comunidade internacional.
González, apoiado por relatórios independentes e cópias de atas eleitorais, afirmou ter vencido as eleições. Os governos dos Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Costa Rica reconheceram a vitória de González. Já os aliados de Maduro, Rússia e China, mantiveram o apoio ao governo atual.
O Brasil, aliado histórico da Venezuela, também se recusou a reconhecer a vitória de Maduro. O principal argumento usado pelo Governo é que as atas eleitorais oficiais não foram apresentadas pelo CNE, e, até a apresentação desse documento, o país se recusará a reconhecer Maduro como presidente.
A situação gerou protestos por toda a Venezuela, que foram reprimidos pelo governo de Maduro com prisões e perseguições. A oposição também denunciou a manipulação dos locais de votação e intimidação de eleitores. As tensões políticas se mantêm já que a legitimidade dos resultados é questionada dentro e fora do país.
História da Venezuela
Antes da chegada dos europeus, o território era habitado por povos indígenas, como os caribes e os arawaks. A colonização espanhola começou em 1498 com a expedição de Cristóvão Colombo. Durante a colonização, a Venezuela foi uma importante fonte de cacau e café, e sofreu com a escravidão dos povos indígenas e africanos trazidos para trabalhar nas plantações.
No início do XIX, começaram a surgir vários movimentos de independência pela América Latina. A luta pela independência venezuelana foi liderada por Simón Bolívar. Em 1811, a Venezuela se declarou independente e compôs a Grã-Colômbia (um estado unificado que também incluía Colômbia, Equador e Panamá).
No entanto, as tensões internas e as diferenças regionais levaram à dissolução da Grã-Colômbia em 1830, e a Venezuela se tornou uma república independente. O período pós-independência foi de instabilidade política e guerras, com alternância entre governos civis e militares.
No início do século XX, a Venezuela passou por uma importante mudança com a descoberta de grandes reservas de petróleo. A partir de 1914, o petróleo se tornou o principal motor de desenvolvimento, transformando o país em uma das maiores economias da América Latina e uma importante fonte de energia.
Nesse período, a Venezuela viveu entre ditaduras militares e períodos de democracia. Em 1958, voltou à democracia com o chamado Pacto de Punto Fijo, um acordo entre os partidos políticos para a estabilidade democrática e a alternância no poder. Foi um período de crescimento impulsionado pelo petróleo, mas também de desigualdades social e tensões políticas.
Em 1999, Hugo Chávez foi eleito presidente, prometendo reformas sociais e econômicas que desafiavam o modelo neoliberal, na chamada "Revolução Bolivariana", baseada em princípios socialistas. Ele governou até sua morte em 2013, sucedido por Nicolás Maduro.
Nos últimos anos, a Venezuela entrou em uma profunda crise política, econômica e humanitária, com hiperinflação, escassez de alimentos e migração de venezuelanos para outros países. A gestão de Maduro tem sido alvo de críticas internas e internacionais, com acusações de repressão política e fraudes eleitorais.
Geografia e vegetação da Venezuela
A geografia da Venezuela é composta por quatro relevos principais: as planícies costeiras e do Caribe, a Cordilheira dos Andes, os planaltos das Guianas e a bacia do Orinoco. O relevo possui montanhas altas, sendo o Pico Bolívar a montanha mais alta do país, com 4.981 metros.
A vegetação varia de florestas tropicais, na região amazônica, a savanas, nos Llanos, e manguezais, na costa. A Venezuela também possui o Parque Nacional de Canaima, famoso pela formação do Monte Roraima e pelo Salto Ángel, a cachoeira mais alta do mundo, com 979 metros.
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